Anunciada como pré-candidata a vice-prefeita de Salvador na chapa de Geraldo Júnior (MDB), Fabya Reis (PT) – agora ex-secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da Bahia – aponta que sua chegada para a disputa ao lado do vice-governador passa por uma representação de “um campo político” e não por uma construção de “tendência política”.
A fala de Fabya foi feita poucos minutos depois de seu nome ter sido confirmado por Geraldo em evento realizado no bairro do Rio Vermelho, na tarde desta quarta-feira (5), e responde a uma provocação do Bahia Notícias se o lançamento de seu nome na capital baiana traria maior visibilidade para o grupo do deputado federal Valmir Assunção (PT), marido da pré-candidata.
“O que está posto aqui não é a construção de uma tendência política, tenho orgulho do meu campo político, da trajetória do deputado federal Valmir Assunção, mas essa é a construção de um campo político. Eu do PT, Geraldinho do MDB, representando vários partidos que compõem a nossa base política, então eu não conduziria o debate para algo tão restrito de análise, estamos aqui em outra proposta”, disse.
A reportagem, no entanto, apurou nos bastidores que a chegada de Fabya na vice além de passar por um “reforço” político tendo um petista na chapa também garante maior exposição para o grupo de Valmir, que tem bases eleitorais ligadas ao Movimento Sem Terra.
A ideia seria expandir as bases, ampliando a capacidade de votos do deputado e consequentemente da própria Fabya Reis. Também foi dito que ela estaria em busca de um mandato eletivo, além de ser uma alternativa para o PT na capital baiana, já pensando nas eleições subsequentes.
Apesar de ter desconversado inicialmente, durante a conversa Fabya chegou a concordar que a disputa na condição de vice em Salvador “sem dúvidas fortalece do ponto de vista da presença e da participação e também do desejo de construir”. “Eu não serei pré-candidata de uma tendência, estamos aqui representando um campo político”, finalizou.
