O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, quitou antecipadamente um financiamento de R$ 5,97 milhões para a compra de uma mansão em uma região nobre de Brasília, 27 anos antes do prazo previsto. A informação, divulgada pelo jornal Estadão, está ligada a uma ação judicial movida pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF). A parlamentar questiona a legalidade do empréstimo concedido pelo banco BRB ao senador e sua esposa, argumentando que a renda informada pelo casal não seria suficiente para a obtenção do financiamento.
Em sua defesa, o banco BRB afirmou que a ação judicial perdeu seu objeto, uma vez que o contrato foi integralmente quitado e não causou prejuízos ao erário público. Flávio Bolsonaro, em nota, ressaltou que além de sua atuação como parlamentar, é empresário e advogado, garantindo que todos os seus recursos são lícitos e provenientes de seu trabalho. No entanto, sua assessoria não detalhou quais são as suas atividades empresariais.
O banco também informou que, no momento da concessão do empréstimo, a renda do senador foi devidamente comprovada através de contracheques do Senado e declarações de imposto de renda. A instituição destacou que a taxa de juros aplicada ao financiamento estava disponível para todos os clientes que cumprissem os requisitos estabelecidos.
O caso segue em análise pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). Inicialmente, a 1ª Vara Cível de Brasília julgou improcedente o pedido de nulidade do empréstimo feito por Erika Kokay. No entanto, após uma apelação, o tribunal decidiu pela inclusão de mais documentos no processo para um esclarecimento completo dos fatos.