A coordenadora do Departamento de Polícia do Interior (Depin), Rogéria da Silva Araújo, afirmou que o assassinato da delegada Patrícia Jackes, ocorrido neste domingo (11) em São Sebastião do Passé, provavelmente foi premeditado. Em entrevista ao Blog do Valente, a delegada Rogéria destacou que as investigações continuam e que há inconsistências no depoimento do principal suspeito, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, preso em flagrante.
“A análise das câmeras tanto em Santo Antônio de Jesus quanto na BR-324 está em andamento. Estamos nos dedicando profundamente a casos como este, que envolvem feminicídio. Infelizmente, não podemos prever essas tragédias, e a lei não nos permite invadir a privacidade pessoal. Cada uma de nós, mulheres, se sente agredida quando uma de nós sofre esse tipo de violência”, declarou Dra. Rogéria.
A polícia civil está utilizando laudos periciais para compreender os detalhes do crime. Segundo informações do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e dos peritos que estiveram no local, Patrícia foi estrangulada, reforçando a hipótese de que o crime foi premeditado.
Patrícia Jackes foi encontrada morta em seu veículo na manhã de domingo. De acordo com as investigações iniciais, Tancredo, seu companheiro e principal suspeito, alegou que ambos foram sequestrados no carro de Patrícia, mas que ele foi liberado pelos criminosos. No entanto, até o momento, não há evidências que sustentem essa versão dos fatos.
Tancredo Neves Feliciano de Arruda tem um histórico de crimes e agressões, incluindo violência contra a própria Patrícia. Em maio deste ano, uma briga entre o casal resultou em dois dedos quebrados da delegada. Tancredo responde a diversas acusações, como exercício ilegal da medicina e falta de pagamento de pensão alimentícia, apesar de ostentar um estilo de vida luxuoso em suas redes sociais. Além disso, outras mulheres, incluindo ex-namoradas e ex-companheiras, também o acusaram de agressão.
O caso segue em investigação, com as autoridades buscando esclarecer todos os detalhes do crime e garantir justiça para Patrícia Jackes