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Suspeito de matar delegada já havia ameaçado mãe da vítima e responde por outros crimes

Foto: Reprodução Redes Sociais

Principal suspeito da morte da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, responde por outros crimes. Segundo Maria Jackes, mãe da delegada, o noivo de sua filha é alvo de processos na Justiça de violência contra à mulher, além de fraudes relacionadas ao exercício ilegal da profissão como médico. 

Em entrevista à Rádio Sociedade News 102.01, na manhã desta segunda-feira (12), Maria contou que a filha tinha quatro meses com Tancredo Neves e revelou que também foi ameaçada de morte por ele.

“Eu cheguei a conhecer ele, inclusive, ele chegou a me ameaçar de morte. Ele empurrou o meu marido uns 15 dias antes, porque minha filha nunca ficou sozinha. Sempre ia minha irmã, que mora em João Pessoa, eu e meu marido”. 

Há aproximadamente um mês e meio que a mãe não via a filha. Ela contou que já presenciou situações de abusos sofridas por Patrícia.

“Já havia acontecido um episódio com eles dois. Ele empurrou ela. Ela cortou o supercílio, inclusive, teve um processo de Maria da Penha, o que eu acho um absurdo, apesar dela ter continuado com ele depois, a justiça não tomou providência, ele não foi preso, ficou andando na casa dela, no carro dela, para lá e para cá e nada foi feito”, desabafou.  

LEMBRE O CASO

A Polícia Civil autuou em flagrante o companheiro da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, por crime de feminicídio, após o corpo da vítima ser encontrado no banco do carona do seu veículo, em uma área de mata, no município de São Sebastião do Passé, neste domingo (11). Ele foi preso como suspeito do crime, em Amélia Rodrigues.

A polícia confirmou que ele é o principal alvo de investigação, cujas apurações encontram-se nas fases preliminares, com perícias em curso, análises de imagens de câmeras de vigilância e outras diligências investigativas. Ainda não existem elementos que confirmem a informação acerca de um suposto sequestro que desencadeou na morte da delegada. 

 

Este teria sido o motivo alegado por Tancredo, que disse que estava com a vítima na BR-101 quando foi abordado por dois homens na altura da cidade de Sapeaçu. Segundo ele, os criminosos sequestraram os dois e roubaram o veículo. O suspeito teria sido deixado na BR-324, próximo a um posto de gasolina, onde ele pediu ajuda à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e à concessionária Via Bahia.

Após a polícia ser acionada, Por volta das 04h30, uma guarnição da CIPE Polo localizou o veículo na BR-324, próximo a entrada de São Sebastião do Passé, Região Metropolitana de Salvador. O carro estava abandonado na vegetação às margens da rodovia. No banco do carona foi encontrada o corpo de Patrícia.