Professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram pela paralisação das atividades no próximo dia 11 de setembro. A medida, tomada em assembleia geral híbrida no final da tarde desta quinta-feira (29), diz respeito à negativa da categoria que rejeitou a nova proposta do governo do estado quanto à recomposição salarial.
No dia 11 de setembro, a intenção é parar as atividades acadêmicas, por 24 horas, com os portões fechados nos 27 campi da universidade, espalhados em todas as regiões do Estado. Além disso, os docentes pretendem se encontrar com representantes do governo e devem apresentar uma contraproposta.
Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), as perdas salariais, oriundas da falta de recomposição da inflação desde 2015, chegam a 35%. A atual proposta do governo, refutada pelos professores, previa o pagamento, dento como base o teto da inflação de 4,5% (estipulada pelo Comitê Monetário Nacional), mais um acréscimo de 1,2%. Assim, o reajuste de 5,7% seria pago em três parcelas de (jan/2025, jan/2026 e dez/2026).
Conforme o sindicato, a proposta não inclui nenhum adendo caso a inflação ultrapasse o teto estipulado. “De fato, o que o governo colocou à mesa foi uma recomposição salarial de apenas três parcelas de 1,15%, o restante apenas cobre a inflação do ano anterior. Se lembrarmos que a defasagem é de 35%, não podemos nem mesmo caracterizar como um plano de recomposição salarial, afirmou Clóvis Piáu, Coordenador Geral da Aduneb.
Ainda segundo a coordenação da Aduneb, a gestão estadual avançou ao realizar a mesa de negociação, mas o fato só ocorreu após os professores as quatro universidades estaduais da Bahia (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc) decretarem indicativo de greve, em abril deste ano.