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Volta do horário de verão pode economizar até R$ 400 milhões, aponta estudo

Foto: Redes Sociais

Uma nota técnica divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta que a adoção do horário de verão pode resultar em uma diminuição de até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica. Isto significaria uma economia próxima a R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), entre os meses de outubro e fevereiro.

 

Conforme o estudo, a alteração no horário brasileiro durante o verão resultaria em uma “redução de combustível termoelétrico, para o horizonte de outubro/2024 a fevereiro/2025, de R$ 356 milhões no pior cenário hidrológico e R$ 244 milhões no melhor cenário hidrológico”.

 

Além disso, a adoção do horário de verão resultaria em maior eficiência do SIN no atendimento aos horários de maior consumo, em especial entre 18h e 20h. “É nesse período que o sistema precisa lidar com os desafios da saída da geração solar e do aumento da demanda por energia”.

 

A volta do horário de verão é um assunto que vem sendo bastante discutido nas últimas semanas depois que o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira trouxe a ideia a tona, como modo de evitar depender de energia hidrelétrica durante o período de seca que o país tem enfrentado.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou aberto a aceitar o retorno, mas justificou que a mudança deve ser baseada em critérios técnicos e que não deve ser algo permanente, mas sim durar enquanto o período de seca atrapalhar na geração de energia.

 

O horário de verão foi adotado no Brasil pela primeira vez em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, mas foi adotado inconstantemente durante os anos seguintes. Apenas em 1985, durante a ditadura militar, em período de secas, que a medida passou a ser adotada constantemente.

 

Em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro, a medida foi abolida, pois estudos apontaram que a economia causada pela adoção do horário de verão era muito pequena, pois o horário de pico de consumo havia mudado do fim da tarde para o período das 15h.