Na última segunda-feira (30), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandados de prisão preventiva a dois sócios da NoFake — empresa que representa o Vitória em casos de direitos de imagem — como parte da operação Verita Visus, na cidade de Santos Dumont, em solo mineiro.
As investigações foram motivadas por denúncias vindas de delegacias de várias partes do Brasil. As vítimas relataram terem sido extorquidas pela empresa, que notificou extrajudicialmente pessoas ou empresas que não estão licenciados para comercializar produtos com a marca dos seus representantes.
Em agosto, o Bahia Notícias relatou o caso de Mara dos Anjos, moradora do bairro de Castelo Branco, e dona do Ateliê Maerar, do ramo de moda praia, uma das pessoas notificadas por produzir artigos com a marca do Vitória. Na época, Mara confeccionou quatro tops e colocou à venda por R$ 45,00 cada, no marketplace, ferramenta de comércio do Facebook.
Atendendo ao pedido da PCMG, a Justiça decretou a prisão preventiva de dois sócios da NoFake, um homem de 30 anos e uma mulher de 26. Além disso, foram emitidos mandados de busca e apreensão na sede da empresa e nas residências dos investigados.
Em contato com o Bahia Notícias, o Vitória disse que aguardam as apurações reais dos fatos e um posicionamento da NoFake.
“O Vitória, assim como as demais marcas e clubes representadas pela empresa, aguardam as apurações reais dos fatos e um posicionamento da NoFake”, afirmou Guilherme Queiroz, gerente de marketing do Rubro-Negro.
Anteriormente, após repercussão do caso, o Vitória já havia publicado uma nota onde afirma que “há um novo alinhamento entre o Clube e a NoFake, de direcionar as forças para grandes empresas, as pequenas, como o caso em questão, serão notificadas, sem a cobrança inicial de multa, que acontecerá caso a empresa permaneça comercializando a marca”.