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Entenda como facção Povo de Israel filia novos membros

Facção “Povo de Israel” surgiu em 2004 tem se expandido

Visando proteger os presos neutros da atuação de facções no sistema penitenciário fluminense, a facção Povo de Israel reúne mais de 18 mil detentos. No início dos anos 2000, a organização queria criar uma unidade prisional para separar o grupo de membros do Comando Vermelho e do Terceiro Comando.

 

Com o tempo, a facção aprimorou sua estratégia em golpes de falso sequestro, utilizando os lucros para recrutar novos membros. Eles também convocam presos expulsos de outras facções, oferecendo “acolhimento” nas prisões como forma de atrair aliados.

 

Especializada em extorsão, a facção mantém uma “caixinha” conjunta, onde uma parte do dinheiro obtido com os golpes é destinada à compra de itens de consumo pessoal para os recém-chegados nas unidades prisionais, incluindo produtos de higiene e colchões.

 

Após estabelecer um vínculo de confiança, os presos são recrutados para atuar como “ladrões”, realizando abordagens criminosas por meio de telefones fornecidos pela facção. Em troca, o grupo paga 30% do valor arrecadado.

 

Para expandir sua atuação, a organização também recruta membros expulsos de outras facções. Um exemplo é Anderson Gonçalves dos Santos, conhecido como Lord, que foi forçado a deixar o Comando Vermelho (CV) após ser acusado de ser o mandante do ataque a um ônibus da linha 350, em novembro de 2005.

 

O incêndio no coletivo resultou na morte de cinco pessoas, incluindo um bebê. Após o ocorrido, Lord perdeu influência no Morro da Fé, na Penha, e passou a receber ameaças do CV. Isolado e sob pressão, ele foi acolhido pelo grupo Povo de Israel e atualmente é considerado parte da cúpula do PVI, que atua no Presídio Nelson Hungria, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.