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Padre é indiciado pela PF em caso que investiga golpe de Estado

Foto: Divulgação

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva está entre as 36 pessoas que foram indiciadas pela Polícia Federal (PF), junto com Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2022.

O sacerdote nasceu em Piracicaba (SP) e ainda criança se mudou para Carapicuíba (SP), onde descobriu a vocação sacerdotal. José Eduardo foi ordenado sacerdote da Diocese de Osasco (SP) em 2006 e é atualmente é Pároco da Paróquia São Domingos na cidade.

Segundo informações da CNN, em fevereiro deste ano, o padre foi alvo da PF em busca e apreensão. O religioso é suspeito de integrar o núcleo jurídico que formatou decretos e minuta que serviriam para um golpe de estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022.

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o papel do padre no  grupo seria o “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

O que diz a defesa de José Eduardo de Oliveira e Silva

“Menos de 7 dias depois de dar depoimento à Polícia Federal o meu cliente vê seu nome estampado pela Polícia Federal como um dos indiciados pelos investigadores. Os mesmos investigadores que não se furtaram em romper a lei e tratado internacional ao vasculhar conversas e direções espirituais realizadas pelo padre os possuem garantia de sigilo.

Quem deu autorização à Polícia Federal de romper o sigilo das investigações? Até onde eu sei o Ministro Alexandre de Moraes decretou sigilo absoluto. Não há qualquer decisão do magistrado até o momento rompendo tal determinação.

A nota da Polícia Federal com a lista de indiciados é mais um abuso realizado pelos responsáveis da investigação e, tendo publicado no site oficial do órgão policial, contamina toda instituição e a torna responsável pela quebra da determinação do Ministro de sigilo absoluto.”