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Raimundo Costa indica que Podemos na base de Jerônimo é “natural” e que pretende levar 100% do partido

Foto: Reprodução / Redes Sociais

O retorno do Podemos na Bahia para a base de apoio do governo petista, desta vez com Jerônimo Rodrigues à frente, é visto como “natural da política” pelo deputado federal Raimundo Costa. Liderança da legenda no estado, Costa indicou ao Bahia Notícias que pretende levar “100%” do partido para base aliada ao governo no estado.

O parlamentar sinalizou que tem dialogado muito com o presidente estadual, Heber Santana, e a presidência nacional, a deputada federal Renata Abreu. Apesar do desejo, Raimundo comentou que não existem definições para realizar o movimento de adesão completa do Podemos ao governo, alterando o panorama atual em Salvador. “Vamos ouvir a presidente, mas aqui, o Podemos está base do governo do estado. Vamos discutir um novo momento do Podemos. A tendência natural é ir para a base do governo do estado, 100%. O meu interesse é juntar tudo em um pacote só, para estar numa unidade. O partido é nossa ferramenta”, disse.

Ligado diretamente à pesca, o deputado ressaltou que tem a história política ligada ao grupo, atuando, independente de partido, pelo segmento. “A coisa é simples, só o pessoal analisar a minha origem política, como faço política a vida toda, trabalhando por um segmento. Meu mandato é voltado aos baianos e aos pescadores. Não tinha cargo nenhum no governo passado, e trabalhamos para a melhoria dos baianos”, indicou.

“Me relacionava [na gestão Rui Costa] bem quando estava no PL. Não teve o espaço adequado que o governador ofereceu, quando cheguei ao Podemos estava na base de [ACM] Neto. O que Rui Costa ofereceu [como partido para concorrer] foi o MDB, Avante, e não sabia qual era a nominata. Nosso mandato foi concebido no processo de pandemia. O melhor caminho para manter o mandato, para continuidade, foi o Podemos. Não temos como discutir a linha do partido, pois já estava montado. Fui convidado para fazer parte do governo logo após o pleito, mas não largo as mãos de quem nos ajudou. Passou o processo, o projeto de Neto não deu certo, o Podemos se articulou a nível estadual e federal. Para continuar, tem que ter parceria com o governo, tendo a Car e a Bahia Pesca”, revelou o deputado.

“Nossa forma de atuar é aplicando os recursos, mas não tenho nenhum cargo no governo do estado. É dessa forma que entendemos que podemos contribuir. O que se comenta é uma narrativa, não sei de quem e com intenção de que. É a política. Não posso fazer oposição sem um motivo”, acrescentou.

No âmbito federal, da Pesca realizou a indicação de seu filho, Rainan Costa, que comanda a Superintendência Federal da Pesca na Bahia, sob a chancela do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Foi o partido que discutiu com o governo e nos ofereceu a superintendência. É uma pessoa capacitada e conhece o sistema, conhece a pesca e os problemas. Representa politicamente, contribuindo muito, é uma questão de ocupar espaço que a gente conhece. Ofertar serviços com maior fluidez”, disse.

PODEMOS NA BAHIA

O destino do Podemos na Bahia tem se alternado. O partido passou por algumas incertezas quanto ao apoio, em razão de algumas movimentações na seara federal e a fusão com o PSC. De “cautela” ao apoio durante o pleito, o partido ficou no arco de apoio da candidatura do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), ao governo.

Com a alteração no comando municipal, em Salvador, a legenda se viu “dividida” entre a gestão na capital e a adesão ao novo governo de Jerônimo Rodrigues (PT). O cenário pode ser o mesmo no pleito de 2024, já que o prefeito Bruno Reis não descarta o apoio do Podemos na sua busca pela reeleição em 2024.    BN