
Além do rifeiro Nanan Premiações e do policial militar Alexandre Lázaro Tchaca, o influenciador Ramhon Dias também foi um dos alvos da operação da Polícia Civil para desmantelar um esquema criminoso ligado a sorteios irregulares.
Ele foi preso no âmbito da ação, chamada de Falsas Promessas, que foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (9) pela Polícia Civil da Bahia. Esta é a segunda fase da operação que cumpriu mais de 20 mandados de prisão e de busca e apreensão de veículos de luxo, relógios, dinheiro, celulares e notebooks. O Poder Judiciário autorizou o sequestro de até R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, somando um bloqueio total de R$ 680 milhões em bens e valores.
Segundo as informações, Ramhon Dias foi preso em São Paulo. Ele já havia sido alvo da polícia na primeira fase, em setembro do ano passado, quando foi detido. A Falsas Promessas tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que atua com jogos de azar na capital baiana e em cidades do interior.
De acordo com a Polícia Civil, entre os presos da segunda fase da Operação Falsas Promessas estão quatro investigados identificados como lideranças da organização criminosa, localizados nos municípios de Vera Cruz, Juazeiro e na Região Metropolitana de Salvador, além de um integrante capturado no estado de São Paulo.
Segundo a assessoria da PC, eles exerciam papel central no planejamento e coordenação das atividades ilícitas do grupo em diferentes áreas.
Além de Rahmon, foi preso nesta quarta (9) José Roberto Santos, conhecido nas redes sociais como “Nanan Premiações”, e o policial militar Alexandre Lázaro “Tchaca”.
As investigações apontam que policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas.
Segundo a linha de investigação da polícia, o grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor, como veículos de luxo, e atraía um grande número de participantes. No entanto, os sorteios eram manipulados e os prêmios frequentemente entregues a integrantes da própria organização, com o objetivo de legitimar o esquema e ampliar os lucros.
