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“Beneficiário não perde o Bolsa Família ao conseguir emprego”, afirma ministro do Trabalho

Ministro do Trabalho Luiz Marinho – Imagem: reprodução

Durante a inauguração da nova unidade do SineBahia – Casa do Trabalhador, no Terminal da Estação de Metrô Pituaçu, em Salvador, nesta quinta-feira (10), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, detalhou as regras do Bolsa Família para beneficiários que passam a trabalhar com carteira assinada. Segundo ele, o programa atua como uma rede de proteção social, garantindo estabilidade às famílias mesmo após o ingresso no mercado formal.

De acordo com o ministro, o registro em carteira não implica a perda imediata do benefício. A análise de desligamento só é iniciada quando a renda familiar per capita atinge meio salário mínimo – atualmente R$ 706,00 – de forma contínua ao longo dos meses. “Se a pessoa trabalhou por seis meses e perdeu o emprego, ela não perde automaticamente o Bolsa Família”, explicou Marinho.

Ele exemplificou que uma família com cinco membros e renda de até R$ 3.400,00 mensais permanece no programa. Já rendimentos consistentes acima de R$ 3.500,00 iniciam o processo gradual de saída.

Mesmo após atingir esse patamar, o desligamento não é imediato. A família permanece por até dois anos recebendo 50% do valor do benefício, por meio do mecanismo conhecido como “regra de proteção”. Caso a renda volte a cair, o benefício integral é retomado automaticamente, sem necessidade de nova inscrição.

Segundo o ministro, esse modelo visa promover a autonomia das famílias, sem comprometer a segurança alimentar e o suporte em períodos de vulnerabilidade. “É um modelo de proteção social”, afirmou.