
O Bahia superou o Botafogo por 1 a 0 na noite de sábado (4), na Arena Fonte Nova, e alcançou sua quinta vitória consecutiva na temporada. O gol da vitória foi marcado por Cauly, ainda no primeiro tempo, após boa jogada de Erick Pulga. O duelo também marcou o reencontro com o ex-técnico tricolor, Renato Paiva, atualmente no comando da equipe carioca.
Com o resultado, o Tricolor de Aço segue embalado no Brasileirão e colou no G-4. Após a partida, o técnico Rogério Ceni concedeu entrevista coletiva e valorizou a solidez defensiva da equipe, que não sofre gols há cinco jogos.
“Jogo difícil, chuva atrapalhou no sentido físico de jogo, não temos tanta força física quanto o Botafogo. Mas mais uma vez a gente lutou até o fim, jogo taticamente bom defensivamente, tivemos oportunidades para ampliar. Falta do segundo gol fez com que a gente sofresse mais defensivamente, mas trabalhamos bem o bloco defensivo. Mais importante quanto o resultado é passar tanto tempo sem sofrer gol, talvez seja a maior evolução em relação ao ano passado”, avaliou o treinador.
Ceni também destacou a estrutura oferecida pelo clube como um diferencial no processo de evolução da equipe.
“Maior motivação são as condições que o clube oferece aos jogadores no dia a dia, eles reconhecem isso. Maneira séria como o clube é tratado, fator preponderante hoje no futebol. Bacana ver o Bahia crescendo desse jeito. Para se atingir o topo tem que enfrentar e jogar de igual para igual com adversários que estejam no topo. Inegável que o Botafogo alcançou a glória ano passado. Quanto mais a gente enfrentar equipes como essas em pé de igualdade, estamos perto de chegar no nível mais alto”, afirmou.
Apesar da boa fase, o técnico ponderou que a equipe ainda tem margem para crescer.
“Está cedo, ainda não estamos no nível de alguns times, mas temos deixado tudo no campo de jogo, isso é inegociável. A única coisa que não ajustamos é vontade de vencer”, completou.
O treinador também comentou o desempenho do time em confrontos recentes contra grandes clubes do Brasil e da América do Sul.
“Em tese jogamos contra Palmeiras, uma das melhores equipes do Brasil, junto ao Flamengo. Enfrentamos o Botafogo, atual campeão da Libertadores. Atlético Nacional, físico, técnico. Enfrentar esses caras sem sofrer é difícil, mas fico feliz em competir contra esses times. Enfrentamos no mínimo em grau de igualdade, isso para mim é o mais prazeroso. Ganhar ou perder é detalhe. O fato de hoje ser tão diferente de 2023, que a gente possa jogar de igual para igual com um sistema de jogo e com individualidade, é bem prazeroso”, declarou.
Entre o fim de março e início de abril, o Bahia enfrentou Corinthians, Internacional e Santos. Em todos esses jogos, o Tricolor abriu o placar, mas permitiu o empate. Nos cinco compromissos seguintes, no entanto, a equipe manteve a vantagem e garantiu os triunfos.
“Se perder o próximo jogo não aprendemos mais. Acho que contra o Corinthians jogamos um primeiro tempo fantástico, tivemos a expulsão, fizemos um bom jogo defensivo e tomamos o gol. Contra o Inter fizemos um grande jogo, talvez o melhor, mas é um time experiente. Contra o Santos talvez o jogo mais fraco dos três, caímos no segundo tempo. Tudo está no pacote de um processo de jogo, construir um time não é uma coisa que se faz da noite para o dia. Analisar os últimos 19 meses, de onde o Bahia saiu para onde está hoje. Louvável isso. Resultado é o aspecto final, mas a maneira que temos chegado, com exceção do jogo contra o Cruzeiro, uma lástima”, finalizou.