
O cardeal Robert Francis Prevost, agora Papa Leão XIV, eleito na 4ª votação do Conclave nesta quinta-feira (8), foi acusado, em 2024, de ter encoberto abusos sexuais cometidos por padres em duas ocasiões diferentes. Os casos ocorreram entre os anos de 1980 e 1990, em Chicago, nos Estados Unidos, e no Peru.
Na cidade de Chicago, ele e seu sucessor Blaise Cupich, que também era um candidato papal para este último conclave, foram denunciados por não fazerem nenhuma ação contra dois agostinianos, posteriormente condenados por abuso.
No Peru, onde ele foi missionário durante as décadas de 1980 e 1990, foi acusado por três mulheres religiosas de ter acobertado a denúncia na qual elas afirmam ter sofrido de dois padres.
O Vaticano negou qualquer irregularidade por parte de Prevost.
“Dado o que sabemos sobre a perversividade do abuso sexual clerical, é certamente plausível que o abuso tenha ocorrido sob sua supervisão; ele era superior-geral de uma congregação de padres que ministra em 50 países ao redor do mundo”, iniciou o representante do Vaticano.
“Também é inteiramente concebível que ele não tenha agido de forma decisiva na punição dos perpetradores e no apoio às vítimas, mas, infelizmente, isso se aplica a quase todos os homens que ocuparam cargos de alta liderança na Igreja Católica na segunda metade do século XX. Os cardeais eleitores teriam dificuldade em encontrar um homem entre eles cujo histórico nesta questão seja impecável”, completou ele.