O caso de agressão vivido pela apresentadora Ana Hickmann neste sábado (11) liga o alerta para a violência vivida por muitas mulheres. Só este ano, na Bahia, 11.746 mulheres foram vítimas de lesão corporal, segundo dados da Polícia Civil (PC), referente ao período de 1º de janeiro a 15 de outubro.
Como aconteceu com uma mulher encontrada ferida, com olho esquerdo inchado e sangrando após ser agredida pelo companheiro em Cachoeira, no Recôncavo baiano, no dia 19 de junho deste ano. Ela ligou para a polícia denunciando a violência e o homem foi preso. Além disso, foi realizado um pedido de medida protetiva após o flagrante.
Seis dias depois, um homem foi preso em flagrante após tentar matar a ex-companheira afogada em Praia do Forte, na cidade de Mata de São João. O suspeito agrediu a vítima e a jogou em na Lagoa Timeantube. A mulher foi socorrida por pessoas que estavam no local, que também acionaram a Polícia Militar.
De janeiro a dezembro do ano passado, foram 12.327 mulheres vítimas de lesão corporal.
Feminicídio
Outro número que chama a atenção é o de feminicídios. No estado, de 1º de janeiro a 15 de outubro deste ano, 75 mulheres foram mortas em crimes baseados na condição de gênero, de acordo com o levantamento da Polícia Civil.
O caso da cantora gospel Sara Mariano é um exemplo. Ela foi encontrada morta carbonizada em um matagal ao lado da BA 093, na altura de Dias D’Ávila, no dia 27 de outubro. O marido da pastora, Ederlan Mariano, foi preso pela Polícia Civil e teria confessado o crime, de acordo com informações da polícia.
Um mês antes, no dia 24 de setembro, Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, foi morta a facadas pelo marido dentro de sua casa, no bairro de Massaranduba, em Salvador. Ela foi encontrada com diversos ferimentos pelo corpo. O filho dela, um menino de 11 anos, também foi ferido com golpes de arma branca. Diego Andrade, marido de Raquel, se entregou à polícia no dia seguinte.
No ano passado, de janeiro a dezembro, 85 feminicídios foram registrados na Bahia, segundo a PC. Correio