O Santos viveu uma madrugada de tensão e violência após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, na noite desta quarta-feira. A derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, na Vila Belmiro, desencadeou uma série de protestos da torcida, que culminaram em cenas de vandalismo em vários pontos da cidade do litoral paulista.
Após o apito final, torcedores santistas invadiram o gramado e arremessaram bombas e outros objetos para dentro do campo. Houve também tentativa de agressão aos jogadores do Fortaleza, que tiveram que ser escoltados para os vestiários.
O árbitro Leandro Vuaden encerrou a partida antes do tempo regulamentar, com a segurança dos jogadores em risco. Em campo, os jogadores do Santos ficaram abalados, alguns chorando, outros sem entender o que havia acontecido. O goleiro João Paulo, um dos mais experientes do elenco, desabafou no gramado e não conteve as lágrimas.
As arquibancadas da Vila Belmiro foram esvaziadas rapidamente, mas quem ficou, não se calou. “Time sem vergonha” foi o grito que marcou um sentimento inédito para o torcedor alvinegro. Os jogadores precisaram se proteger também do gás de pimenta usado pela Polícia Militar para conter confusões do lado de fora do estádio.
Fora de campo, a situação foi ainda mais grave. A madrugada na cidade de Santos teve cenários de guerra. Pelo menos três ônibus foram incendiados, e alguns carros tiveram o mesmo fim. Um deles, inclusive, pertencia ao atacante Stiven Mendoza e foi encontrado só com as ferragens intactas, praticamente ao lado da Vila Belmiro.
Fonte: Blog do Valente