Na manhã desta terça-feira (12), Gilson Prazeres Bastos Nunes, filho do proprietário da fábrica de fogos que explodiu em Santo Antônio de Jesus há 25 anos, foi conduzido à delegacia durante uma fiscalização na região, voltada a coibir o armazenamento ilegal desses artefatos.
A Artesanato de Fogos Boa Vista, empresa de Gilson, foi alvo da operação conjunta que identificou diversas irregularidades, incluindo o transporte e armazenamento inadequado de material explosivo, sem seguir as normas de segurança e sem a devida autorização do Exército. A fiscalização, que teve início no dia do aniversário do acidente histórico, contou com a participação de diversos órgãos, como o Ministério Público do Trabalho, Polícia Rodoviária Federal, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia, e Conselho Regional dos Químicos.
A propriedade rural, localizada no distrito de Boa Vista, Ronco d’Água, Santo Antônio de Jesus, abrigava quase 300 caixas de fogos de artifício de diversas origens, além de produtos artesanais com pólvora. Gilson, que também foi vereador por três mandatos, deverá ser enquadrado no art. 253 do Código Penal, com pena prevista de detenção de seis meses a dois anos, além de multa.
O material explosivo foi apreendido e encaminhado para o 35º Batalhão de Infantaria do Exército em Feira de Santana, onde passará por perícia do Departamento de Polícia Técnica antes de ser destruído. Essa prisão e apreensão ocorrem duas décadas e meia após o maior acidente de trabalho da Bahia, envolvendo a mesma família, que continua a administrar o negócio de maneira ilegal.
Com informações do MPT BA.
