Luciane Dom, de 34 anos, disse que foi parada em uma revista aleatória e que, durante a inspeção, teve o cabelo revistado por uma funcionária do aeroporto. A cantora, que é negra, afirmou que se sentiu “aterrorizada” com a situação.
“Eu já tinha passado a mala no scanner, e eu mesma já tinha passado no scanner corporal. A mulher me diz ‘tenho que olhar seu cabelo’. Eu olho pra ela aterrorizada com a violência desse ato. Ela chama o superior”, escreveu Luciane em uma publicação no Instagram.
A artista, que é natural de Salvador, Bahia, disse que trabalha com arte e que se sente frustrada com a situação. “Eu trabalho com arte, criando possibilidades e imaginários diferentes, fazendo pessoas sonharem… Me fazendo acreditar na mudança. Queria ao menos ter ânimo e cabeça pra continuar divulgando o som e falando o que eu estava falando durante a semana.. Queria estar leve! Mas não”, escreveu.
Em nota, a Infraero, administradora do aeroporto, negou a denúncia e disse que imagens de segurança mostram que não houve inspeção nos cabelos da artista. “Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos. De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão”, diz trecho da nota.