O Papa Francisco autorizou, nesta segunda-feira (18), que padres católicos romanos possam, a partir de agora, administrar bênçãos a casais do mesmo sexo. A decisão é um marco histórico para a Igreja Católica, que até então considerava a união entre pessoas do mesmo sexo um pecado.
No entanto, a autorização do papa vem com algumas ressalvas. Os padres ainda poderão se recusar a realizar o ritual, desde que não impeçam “a entrada (em igrejas) de pessoas em qualquer situação em que possam procurar a ajuda de Deus através de uma simples bênção”.
O pontífice também sugeriu que tais bênçãos deveriam ser oferecidas em circunstâncias específicas, como por exemplo, em uma cerimônia religiosa privada ou em uma celebração comunitária. O documento que divulga a nova decisão afirma que a Igreja Católica continua a considerar a união entre casais do mesmo sexo um ato “irregular”, mas disse que a autorização de bênçãos é um “sinal de que Deus acolhe a todos”.
A decisão do papa Francisco foi recebida com entusiasmo por grupos LGBT+ e ativistas pelos direitos humanos. “É um passo importante para a aceitação de casais do mesmo sexo pela Igreja Católica”, disse a ativista brasileira Renata Lo Prete.
No entanto, a decisão também foi criticada por alguns setores conservadores da Igreja Católica. O cardeal Raymond Burke, ex-presidente do Supremo Tribunal da Rota Romana, disse que a decisão “é uma traição à fé católica”.