O capitão dos Portos da Bahia, Wellington Lemos Gagno, confirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (22) que uma briga no barco que naufragou na Baía de Todos os Santos, na noite de domingo (21), é a principal suspeita para a causa do acidente. O naufrágio ocorreu na cidade de Madre de Deus, deixando seis mortos e três desaparecidos.
Segundo o capitão, a briga começou antes mesmo do embarque e continuou dentro do barco. “As testemunhas relataram que a briga foi bastante violenta e que as pessoas envolvidas se empurraram e se agrediram. Isso pode ter levado as pessoas para um mesmo lado da embarcação, o que pode ter contribuído para o naufrágio”, disse.
Gagno também informou que a Capitania dos Portos tomou conhecimento do acidente às 22h05 e enviou imediatamente a lancha mais rápida em operação para o local. No entanto, devido à extensão da Baía de Todos os Santos, que é a segunda maior baía do mundo, a lancha só chegou cerca de 50 minutos depois.
O capitão também informou que não foi possível verificar se a embarcação possuía os equipamentos de segurança, como coletes salva-vidas. Além disso, a Capitania dos Portos da Bahia não foi informada em nenhum momento da festa Madre Verão, que ocorreu ontem (21).
O saveiro que naufragou é classificado como embarcação de esporte de recreio e, por isso, não pode ser usada para fins comerciais. “Será apurado se o dono do barco estava cobrando passagens para levar as pessoas”, disse.
As condições de navegação estavam boas no momento do acidente. “A bandeira estava verde, ou seja, para livre navegação”, concluiu o capitão Wellington Lemos Gagno.