O prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSD), publicou um vídeo em sua conta no Instagram que mostra o momento em que manda uma pessoa em situação de rua “cortar a grama” no município.
Em seguida, ele manda o secretário de Assistência Social e Habitação, Bruno Ferreira, levá-lo para trabalhar. “Acho que é um velho conhecido de vocês, esse, né? Ele tomou um porre ali, costuma dormir na rua. Agora tu pega ele, leva ali para a casa de passagem, dá um banho e coloca ele para capinar e cortar a grama hoje”, disse o prefeito.
???? “O vadio vai embora dessa cidade”: prefeito de Criciúma, em Santa Catarina, quer colocar todos os moradores de rua ‘pra trabalhar’. Clesio Salvaro (PSD) adotou linha rígida contra andarilhos que tomaram as ruas do município catarinense. Criciúma é líder em geração de empregos… pic.twitter.com/0hLehQxINd
— Jornal Razão (@jornalrazao) February 5, 2024
Para o Uol, o secretário disse que houve uma conversa prévia. “Naquela oportunidade ali era de manhã, eram umas 7h30, 8h, ele abordou esse rapaz. Primeiramente ele conversou com ele, e depois ele fez o contato conosco aqui do social. Então eu já tinha feito uma conversa prévia. (…) Nós fizemos o encaminhamento dele pro Centro Pop”, explicou.
De acordo com o secretário, inicialmente, as pessoas trabalham voluntariamente e, depois, recebem ajuda para ingressar no mercado de trabalho. “E naquele caso, então, ele foi encaminhado pro centro pop, tomou um banho, tomou um café e foi trabalhar conosco, com a nossa equipe aqui da prefeitura. […] Nós temos uma lei, a Lei 5.5.3.6 de 2010, a Lei do Voluntário aqui de Criciúma, que possibilita a pessoa civil trabalhar para a prefeitura de forma voluntária […] Quando a gente vê que ele tem aptidão pro serviço, nós fizemos o currículo dele e encaminhamos para nossa central de empregos que nós temos aqui em Criciúma”, acrescentou o secretário.
O prefeito emitiu uma nota na qual disse que a cidade tem “muitas oportunidades para todos que desejam trabalhar”. “Em relação aos moradores em situação de rua, buscamos oferecer tratamento para os dependentes químicos, considerando em alguns casos a internação compulsória. Quem precisa de cura médica também tem assistência, e para os que desejam trabalhar, aqui não falta emprego”, disse, por meio de nota.
A prefeitura afirmou que faz “abordagens frequentes” e que tem serviços de acolhimento. “A Secretaria de Assistência Social e Habitação do Município, realiza abordagem frequentes, com apoio da Defesa Civil e da Polícia Militar, temos também os serviços de acolhimento, a República e o Centro Pop”, diz o texto enviado ao Uol.
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