O vereador e presidente da Câmara de Santo Antônio de Jesus, Chico de Dega, disse que suas expectativas sobre a gestão do atual prefeito Genival Deolino, com quem caminhou junto nos três primeiros anos de gestão, não foi atendida. A declaração foi feita em entrevista ao radialista Léo Valente.
Chico disse que para apoiar uma candidatura, vai analisar o que for melhor para cidade, deixando dúvidas sobre o seu caminho para as eleições de 2024. Ele considerou a falta de comunicação com os agentes políticos e articulação com a população como fatores para o seu desconforto.
“Não foi a administração que eu esperei para o povo de Santo Antônio. A administração que eu ansiei vem junto com o povo. Trazer o povo para discutir, um governo participativo. Isso não aconteceu na administração pública”, disse.
“Ele poderia ter feito esse elo político junto com os vereadores, junto com a população para ter focado em fazer uma administração voltada para a população”, destacou.
Chico também atacou a gestão ao dizer que nenhuma obra foi realizada com recursos próprios da prefeitura.
“Se a gente avaliar toda a administração pública do município, o prefeito não conseguiu fazer praticamente nada com recurso próprio. Não tem uma obra feita com recurso próprio na cidade. As obras que temos aí são graças a Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus”, disse.
Chico também demonstrou preocupação com juros decorrentes de empréstimos aprovados na Câmara – inclusive com seu apoio, que segundo ele, são elevados.
“Tomamos o financiamento junto ao FENISA, a Câmara aprovou, e tem uma carência de 2 a três anos para começar a pagar. Então não há pagamento do município, estão saindo algumas obras por financiamento. Que preocupa muito Santo Antônio de Jesus porque os juros são muito altos”.
Sobre o apoio político para as eleições de 2024, Chico de Dega contou não ter sido contatado a nível estadual e falou sobre partidos que ele pode vir a se filiar, após sair do União Brasil.
“Não recebi nenhuma comunicação a nível estadual. Nenhum comunicado para saber ‘em que partido vai ficar?’, ‘vai seguir?’ ou me oferecer um partido aqui. Então eu não vi importância nesse sentido”.
“Já recebi convite do MDB, do PSD, do PSB e outros partidos. Estou conversando, vou analisar bastante se teremos candidatura representando o grupo Beija-flor. Vamos primeiro essa parte de filiação e depois iremos partir para o destino político melhor para a cidade. O que a gente não pode é, no momento, apoiar A ou B por interesses pessoais. Tem que apoiar em conjunto com a população levando um pré-candidato que tenha proposta para a cidade”, pontuou.