Bahia na Web

Assessora de Carlos Bolsonaro pediu ajuda da Abin sobre investigações contra família

Foto: Renan Olaz / Câmara Municipal do Rio de Janeiro

 

Os desdobramentos da operação da Polícia Federal (PF) que teve como alvo o vereador Carlos Bolsonaro acaba de ganhar mais um capítulo, nesta segunda-feira (29), com a divulgação de uma troca de mensagens de uma assessora do vereador com uma assessora do então diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem.

De acordo com a comentarista Julia Duailibi, da Globo News, na mensagem, a assessora de Carlos Bolsonaro diz que está precisando muito de uma ajuda e envia dois números de inquéritos que, segundo a mensagem, envolvem o presidente da República e 3 de seus filhos. Além desse episódio, as investigações descobriram que, em fevereiro de 2020, Ramagem imprimiu informações de inquéritos eleitorais da PF que tinham como alvo políticos do Rio de Janeiro – base política de Carlos Bolsonaro.

Segundo o ministro do STF Alexandre de Moraes, as provas colhidas pela PF mostram que os suspeitos usaram a Abin contra adversários e para “‘fiscalizar’ indevidamente o andamento de investigações em face de aliados políticos”.

A operação desta segunda-feira (29) é um desdobramento da realizada na quinta-feira (25), que teve Ramagem como alvo.

Carlos Bolsonaro e as assessoras Luciana Paula Garcia da Silva Almeida e Priscilla Pereira e Silva são apontadas como integrantes do “núcleo político” que, sob o comando de Ramagem, “monitorou indevidamente “inimigos políticos” e buscou informações acerca da existência de investigações relacionadas aos filhos” de Bolsonaro durante o mandato do ex-presidente.

“A solicitação de realização de ‘ajuda’ relacionada à Inquérito Policial Federal em andamento em unidades sensíveis da Polícia Federal indica que o NÚCLEO POLÍTICO possivelmente se valia do Del. ALEXANDRE RAMAGEM para obtenção de informações sigilosas e/ou ações ainda não totalmente esclarecidas” , escreveu Moraes.

Fonte: Bahia Notícias

Print da conversa de assessora compilada em inquérito da PF sobre Carlos Bolsonaro / Foto: Divulgação PGR