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Devotos prestam homenagem a São Roque nesta sexta-feira em Salvador; festa é marcada por sincretismo religioso

Foto: Bruno Concha / Secom PMS

Com o tema “São Roque, peregrino na fé, motivai a nossa esperança!”, a Igreja São Roque e São Lázaro, no bairro da Federação, em Salvador, celebra a festa do padroeiro, que é conhecido como o protetor contra doenças e pragas, nesta sexta-feira (16).

Ao longo de todo o dia, os devotos participaram de Missas às 5h30, às 7h, às 9h e às 11h. O ápice dos festejos será a Missa Solene terá início às 15h, e será seguida de procissão até o Cemitério Campo Santo, retornando para a Igreja, onde haverá a bênção com o Santíssimo Sacramento, encerrando as homenagens ao santo.

DEVOÇÃO AO SANTO

Em primeiro lugar porque se identificam com ele, já que, em vida, mostrou-se corajoso e confiante na misericórdia divina, ao ajudar, com as próprias mãos, muitos daqueles que sofriam com a peste, vendo a ação de Deus debelar a terrível doença em diferentes locais e épocas.

Por esta ação generosa e salvadora, São Roque é considerado o protetor dos doentes, especialmente por ter ele mesmo sofrido as dores da enfermidade que combatia, sem nunca ter aberto mão de auxiliar aqueles que necessitavam de ajuda médica e espiritual.

Sofreu a dor da orfandade ainda jovem e, ao contrair a peste, optou por afastar-se passando a viver em uma pequena cabana, numa região isolada da Placência, na Itália, onde se encontrava quando adoeceu, alimentando-se com o pão que era levado diariamente por um cão.

Ao descobrir o destino recorrente do animal, o seu dono, um rico caçador chamado Gotardo Pallastrelli, deixa-se encantar pelo discurso e presença marcantes de Roque, sendo também convertido, fazendo do santo um exemplo a ser seguido.

Em um mundo marcado por tantas chagas, São Roque é luz que aponta para o caminho que ele mesmo percorreu ao entregar sua vida à prática do amor e do respeito ao próximo.

Nascido em 1295 na cidade de Montpellier, no sudeste da França, ele acolheu as pessoas nas suas necessidades, independentemente das suas posições sociais, como pedia o próprio Jesus.

Morreu jovem, aos 32 anos, e sua poderosa intercessão continuou sendo registrada em novos episódios de peste. Hoje, o povo recorre a ele na esperança de superar as suas dificuldades de saúde e crescer na fé, como São Roque cresceu.