Bahia na Web

‘Estamos trabalhando no rastreio das armas que chegam à Bahia’, diz secretário Marcelo Werner

ssp

A apreensão de seis fuzis, uma submetralhadora e mais de mil munições na última semana é a maior de 2024 na Bahia, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA). O material, encontrado em um ‘bunker’ na localidade do Caji, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, era utilizado em disputas territoriais entre facções e na intimidação de moradores. A ação foi realizada por equipes do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core).

Com os seis fuzis, já são 39 armas do tipo apreendidas em solo baiano ao longo do ano. De acordo com o secretário de segurança do Estado, Marcelo Werner, as forças policiais estão trabalhando cada vez mais no rastreio das armas de fogo e suas principais rotas, fazendo operações com as polícias rodoviárias Estadual e Federal nas principais rodovias que dão acesso ao estado.

Ele relembrou que no ano passado a Polícia Federal realizou a Operação Corvo. Na ocasião, ficou evidenciada uma rota de armamentos que vêm do leste europeu e chegam ao Paraguai. A partir do Paraguai, as armas são distribuídas aos estados brasileiros. “Essa é uma das rotas que nós temos já catalogadas e em atividade de investigação”, disse.

Ainda segundo o secretário, uma reestruturação é estudada, para que seja criada uma delegacia especializada na apreensão de armamento, a Desarme. O objetivo é que sejam feitas investigações específicas do tráfico de armas. “Cada arma apreendida a gente vai fazer avaliação junto com o setor de criminalística da perícia para identificação de pontos eventuais de recebimento e fornecedores dessa arma, para que a gente possa efetivamente combater a rota do tráfico de armas”, disse.

Sobre a apreensão feita na madrugada desta sexta-feira, o coordenador geral da Core, Marcos César, explicou que a ação aconteceu em região de mata fechada que acaba facilitando o esconderijo dos criminosos. “A equipe que adentra nessa mata, tem pouca área de cobertura, então são operações mais arriscadas para a integridade física do policial. Com o treinamento e com o equipamento correto, no entanto, a gente minimiza o risco e consegue esses resultados favoráveis”, disse.

De acordo com a delegada geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, as investigações começaram no Departamento de Polícia Metropolitana há cerca de dois meses. Em junho deste ano, no bairro de Castelo Branco, em Salvador, equipes da Polícia entraram em confronto com um duas lideranças desta organização criminosa, que acabaram morrendo.

“Naquele momento, a gente apreendeu drogas e armas, mas tivemos a informação de que eles dispunham de mais armamento e mais drogas. A partir daí, começamos as investigações que nos levaram até a região de Lauro de Freitas, onde fizemos algumas incursões e, na madrugada de hoje, logramos êxitos em conseguir aprender esse material que estava enterrado em uma região de mata”, descreveu. Correio da Bahia