
Rodrigo Duterte, o ex-presidente das Filipinas de 2016 a 2022, foi preso ao chegar no principal aeroporto de Manila, nesta terça-feira (11). O mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal Penal Internacional. O órgão alegou que prosseguiria com a investigação sobre suspeitas de crimes contra humanidade ligados ao papel do ex-presidente na supervisão de uma “guerra contra as drogas” que tirou a vida de milhares de filipinos.
Em Hong Kong, nesta segunda-feira (10), Duterte afirmou estar pronto para ser preso se o TPI emitisse um mandado contra ele. Além disso, o ex-líder defendeu repetidamente a política antidrogas e negou ter ordenado que a polícia matasse suspeitos de tráfico de drogas, a menos que fosse em legítima defesa.
O gabinete do presidente Ferdinand Marcos Jr. afirmou que recebeu uma cópia oficial do mandado, que foi entregue a Duterte pela polícia. Duterte está agora sob custódia, afirmou o comunicado.
Salvador Panelo, ex-conselheiro jurídico de Duterte, acusou que a prisão foi ilegal e afirmou que a polícia não permitiu que um dos advogados de Duterte se encontrasse com ele no aeroporto.
A “guerra contra as drogas” foi a política de campanha emblemática que levou Duterte ao poder em 2016 como um prefeito independente e combatente do crime, que cumpriu as promessas feitas durante discursos inflamados de matar milhares de traficantes de drogas.