Um foragido da Justiça há 17 anos conseguiu avançar nas etapas do concurso para investigador da Polícia Civil de São Paulo, sendo aprovado inclusive na fase de investigação social, que avalia a idoneidade dos candidatos. Cristiano Rodrigo da Silva, de 40 anos, foi detido no último dia 10 de março, quando compareceu à Academia da Polícia Civil, no Butantã, para realizar uma prova oral.
Procurado desde 2007, Cristiano foi acusado de homicídio e roubo. Ele e uma comparação foram denunciados pelo assassinato do comerciante José Roberto Nogueira Ferreira, em novembro de 2006. A dupla teria clonado uma viatura da Polícia Civil para abordar a vítima, que foi algemada, levada para Mairiporã e realizada com tiros na cabeça. O veículo de Ferreira foi incendiado. O comparador de Cristiano foi preso e condenado a 14 anos e nove meses de prisão, enquanto ele morava foragido até sua captura.
Antes de ser preso, Cristiano conseguiu 52 pontos no exame escrito do concurso, com destaque para a prova de noções de direito, onde obteve 17 pontos. Ele também pontuou em áreas como informática, lógica, língua portuguesa e criminologia. A Polícia Civil de São Paulo justificou que, como suas declarações ainda não havia transitado em julgado, ele não poderia ser eliminado na fase de investigação social. Entretanto, ao ser identificado o mandado de prisão pendente, ele foi detido, impossibilitando sua continuidade no certame.
Agora sob custódia, Cristiano aguarda audiências de instrução e pode ser julgado ainda este ano.
