Tancredo Neves Feliciano de Arruda, o homem que confessou ter assassinado a delegada da Polícia Civil da Bahia, Patrícia Neves Jackes Aires, foi transferido para o presídio do Complexo da Mata Escura, em Salvador, nesta terça-feira (13). Antes de sua transferência, Tancredo passou a noite na Central de Flagrantes de Simões Filho e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues para a realização de exames, seguindo os trâmites legais.
Em conversa com a imprensa ao deixar o local, Tancredo confirmou que a briga que resultou na morte da delegada teria sido iniciada pela própria vítima, mas ressaltou que “nada justifica” o ocorrido. Ele declarou, emocionado, que o desentendimento começou após ele expressar o desejo de permanecer em Salvador para ficar com a família. Segundo ele, Patrícia teria reagido de forma ameaçadora e puxado o carro para dentro de uma área de mato, onde o veículo foi encontrado pela polícia, às margens da BR-324, nas proximidades de São Sebastião do Passé.
“Eu falei que queria ficar em Salvador, para ficar com minha família, ela começou a me ameaçar, que ela não era lixo para ser descartada, e foi ela que puxou o carro para dentro do mato”, disse ao destacar o local em que o carro foi encontradao pela polícia, às margens da BR-324, nas proximidades do município de São Sebastião do Passé.
Tancredo Neves de Arruda, de 26 anos, possui um histórico de 26 ocorrências policiais, sendo que quatro delas resultaram em inquéritos. Além disso, três ex-namoradas o denunciaram por violência doméstica. Ele também responde a processos por desacato, por promover aglomerações durante a pandemia de Covid-19, em 2020, e por exercício ilegal da profissão de médico, utilizando um CRM que não lhe pertencia.