O governador Jerônimo Rodrigues minimizou a tensão sobre a eleição para a mesa diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Durante chegada à Lavagem do Bonfim, nesta quinta-feira (16), o governador indicou não haver problemas com o senador Angelo Coronel, que tem articulado nos bastidores uma alternativa a não reeleição de Adolfo Menezes para a presidência, dada como certa há até bem pouco tempo.
“Buchichos têm. Ontem mesmo eu recebi o filho dele, o Diego, acompanhando municípios. Temos trabalhado”, tangenciou Jerônimo para completar: “Estamos conversando na esfera do partido, o PSD”. “O presidente Otto [Alencar] tem dirigido isso. Todo mundo sabe, Otto é uma figura muito sensata, muito de palavra. A intenção nossa é manter o grupo unido, é manter uma Assembleia fortalecida para poder discutir e elaborar os projetos decentes, mas vamos trabalhar isso na perspectiva de partido e o Otto tem conduzido isso”, defendeu.
O PSD realiza, na próxima segunda (20), uma reunião com a bancada de deputados federais e estaduais para debater o tema.
ENTENDA
O senador Angelo Coronel se apresenta como candidato à reeleição em 2026. No entanto, o PT do governador Jerônimo Rodrigues tem defendido publicamente uma chapa formada pelo governador candidato à reeleição e completada pelos ex-governador Jaques Wagner e Rui Costa ao Senado. Essa mobilização excluiria Coronel do grupo político.
Para evitar um isolamento antecipado, Coronel iniciou então uma ofensiva para manter a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) sob comando do PSD, dada a possibilidade da reeleição de Adolfo Menezes ser questionada e anulada na Justiça. O senador do PSD defende, nos bastidores, uma candidatura alternativa do partido, com Ivana Braga ou Alex da Piatã, ou então que a legenda participe da disputa pela 1ª vice-presidência – que seria com o próprio herdeiro dele, Angelo Coronel Filho.