Bahia na Web

Justiça decreta prisão preventiva de rifeiro Ramhon Dias; Nanan Premiações foi liberado com tornozeleira

Ramhon Dias e Nanan Premiações Crédito: Redes sociais

O Tribunal de Justiça da Bahia decretou, nesta terça-feira (29), a prisão preventiva do influenciador digital Ramhon Dias de Jesus, conhecido no universo das rifas online e investigado por suposta participação em um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. O influenciador, que conta com mais de 439 mil seguidores em redes sociais, teria movimentado mais de R$ 27 milhões em transações suspeitas, segundo as investigações. Ele estava em prisão temporária desde o dia 5 de setembro.

A decisão foi proferida por Vara de Feitos Relativos a Delitos da Organização Criminosa de Salvador, com base em compromissos que apontam para a realização de transações bancárias e depósitos em dinheiro de origem não identificado, dispersos por diferentes locais e associados a investigados de diversos estados. “A maior parte das transações bancárias e depósitos foram realizadas em praças distintas e fragmentadas, associadas a diversos investigados”, cita o documento judicial. As informações prestadas pela Polícia Civil indicam um possível vínculo de Ramhon com organizações criminosas, justificando, segundo o tribunal, a necessidade da prisão preventiva.

Outro influenciador investigado no mesmo processo, conhecido como Nanan Premiações e com mais de um milhão de seguidores, teve sua prisão preventiva revogada. A Justiça permitiu sua liberação por meio do uso de tornozeleira eletrônica, por entender que, até o momento, não há evidências suficientes para comprovar seu envolvimento com o tráfico de drogas.

Ambos os influenciadores foram detidos desde o início de setembro no Complexo Penitenciário Lemos de Brito, em Salvador, como parte da Operação Falsas Promessas, realizada pela Polícia Civil da Bahia para investigar atividades de lavagem de dinheiro ligadas a atividades ilícitas.

O caso tem repercussão devido ao envolvimento de influenciadores digitais em supostas atividades ilícitas, reforçando a preocupação com a utilização de plataformas digitais para práticas de lavagem de dinheiro e a dificuldade de rastreamento de fundos em transações fragmentadas. À medida que as investigações da Polícia Civil continuam, com foco em aprofundar as relações e estruturas das organizações envolvidas no esquema.

A defesa de Ramhon Dias ainda não se pronunciou sobre a nova decisão, mas o caso segue em análise, com atenção voltada à comprovação dos vínculos entre os influenciadores e os crimes apontados pela Justiça baiana.