Uma operação conjunta das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) da Bahia e do Mato Grosso resultou na prisão de um líder de facção criminosa baiana, que atuava sob a fachada de empresário em Cuiabá. A captura ocorreu na manhã desta quarta-feira (6) durante a Operação Nexus, que mobilizou equipes da FICCO e das polícias Federal e Militar para desarticular uma organização criminosa com atuação na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
O suspeito, responsável por coordenar o envio de armas e drogas para comparsas na Bahia, utilizava documentos falsos para manter uma identidade de empresário na capital mato-grossense. Em sua residência, localizada em um bairro nobre de Cuiabá, foram apreendidos dois carros, relógios, perfumes, bolsas importadas e uma quantia em dinheiro, elementos que evidenciam o alto padrão de vida do criminoso.
As investigações apontam que o traficante liderava uma facção que operava em cidades como Lauro de Freitas e Camaçari, onde também ordenava execuções de traficantes rivais. As autoridades acreditam que ele seja o mandante de vários homicídios registrados na RMS, com abandono de corpos em áreas estratégicas.
Segundo a FICCO Bahia, o traficante era responsável pela coordenação de uma rota internacional de tráfico de armas e drogas, com material ilícito negociado na Bolívia. Entre os itens traficados estariam fuzis, pistolas, carregadores e munições, enviados para apoiar atividades da facção na Bahia.
“O trabalho de inteligência foi fundamental para a localização e prisão deste indivíduo, que representava uma importante liderança no tráfico de armas e drogas. Seguiremos firmes na desarticulação dessa rota internacional em parceria com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia e a Polícia Federal,” afirmou o delegado federal Eduardo Badaró, coordenador da FICCO Bahia.
Com a prisão, a operação busca interromper o fluxo de armas e drogas para a Bahia e enfraquecer a atuação da facção na RMS. A operação segue com investigações para identificar e capturar outros envolvidos na organização criminosa, que continuam sob monitoramento das autoridades.