Algumas pessoas que utilizaram ozempic (medicamento utilizado para ajudar pessoas a controlar o apetite e, consequentemente, perder peso) relataram melhora da libido e um aumento no desejo sexual, após o consumo do produto. Os relatos foram feitos especialmente por mulheres, que consideraram um impulso na vida sexual como um dos efeitos colaterais do remédio.
Ao The Wall Street Journal, via Metrópoles, pessoas perguntaram se era normal os efeitos dos medicamentos e se o crescimento no desejo sexual era comum. “Alguém mais está lidando com um desejo insaciável por sexo?”, questionou uma pessoa.
Em contrapartida, outro usuário questionou a melhora sexual depois de utilizar a ozempic. “Alguém teve o seu desejo sexual diminuído com Ozempic?”, indagou outro paciente.
O último questionamento chega após alguns homens afirmarem que a ozempic estaria enfrentando disfunção erétil como um dos efeitos colaterais, de acordo com postagens do fórum on-line Reddit.
Mesmo com as publicações, ainda não existe nenhuma comprovação científica sobre o efeito colateral sexual. Mesmo existindo um risco potencial para mulheres grávidas e aquelas que desejam engravidar, como indica os próprios remédios, ainda não há indícios acerca desses efeitos sexuais em seus rótulos.
Há poucos estudos também sobre a relação da ozempic, Wegovy e Mounjaro com a vontade e comportamento sexual de pacientes.
Um porta-voz da Novo Nordisk, responsável pelo Ozempic, afirmou ao site The Wall Street Journal que a entidade tem acompanhado esses relatos de reações adversas ao medicamento, incluindo disfunção sexual.
“A segurança do paciente é de extrema importância para a Novo Nordisk”, disse o porta-voz.
Já a farmacêutica Eli Lilly afirmou que está avaliando essas informações.
“Nós nos envolvemos ativamente no monitoramento, avaliação e relato de informações de segurança para todos os nossos medicamentos”, observou um porta-voz.
Segundo o Metropóles, especialistas da área de saúde afirmam que o efeito colateral tem relação com o fato do Ozempic ser um semiglutida. O medicamento pode ter potencialidade para contribuir para a impotência por conta dos efeitos no músculo lisovascular e no fluxo sanguíneo.
Outro efeito estaria relacionado com alterações na pele, onde os tecidos conjutivos estariam mais finos e fracos, conforme constatado por cirurgiões plásticos dos Estados Unidos.