
Quarenta e duas pessoas foram conduzidas à delegacia nesta sexta-feira (25) durante a segunda fase da Operação Falso Consórcio, que investiga um esquema criminoso de vendas fraudulentas de imóveis e veículos em Salvador. A ação foi coordenada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), responsável pela lavratura dos procedimentos contra os suspeitos.
Segundo a Polícia Civil, trata-se de uma organização criminosa estruturada e hierarquizada, que atraía vítimas por meio de anúncios enganosos em plataformas digitais. Os golpistas ofereciam consórcios com supostas condições vantajosas para aquisição de bens inexistentes, como imóveis e automóveis.
As vítimas eram orientadas a comparecer às sedes das empresas de fachada, localizadas em um prédio comercial na Avenida ACM, onde recebiam explicações falsas sobre o funcionamento dos consórcios. Em alguns casos, chegavam a ser levadas para visitas a bens que não existiam. Após os repasses financeiros, não recebiam qualquer documentação legal, e o contato com os criminosos era encerrado.
Durante a operação, os agentes apreenderam contratos, notebooks, celulares, máquinas de cartão e outros materiais usados para viabilizar os golpes. O prejuízo total das vítimas, somando as duas fases da operação, já chega a R$ 3 milhões.
Além de estelionato, os investigados poderão responder por propaganda enganosa, exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.