O secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Marcello Streifinger, cassou a aposentadoria do policial penal Hugo Berni Neto, ex-coordenador de Unidades Prisionais da Região Metropolitana. A medida foi tomada após investigação conduzida pelo Ministério Público estadual, que apontou que o patrimônio de Berni Neto alcançou R$ 15 milhões durante sua atuação no serviço público.
O ex-coordenador respondia pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude em licitação e corrupção passiva. Ele foi responsável pela administração de 28 unidades prisionais entre 2006 e 2015, período em que gerenciou licitações milionárias realizadas pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP-SP).
Em 2013, Berni Neto ingressou como sócio na Midas Empreendimentos, empresa fundada por sua irmã em 2011. Após sua entrada, o capital social da companhia saltou de R$ 2 mil para R$ 273 mil no mesmo ano. Em 2015, a empresa possuía 12 imóveis de alto padrão em condomínios de luxo e estava construindo um residencial com 24 casas.
A cassação da aposentadoria ocorre mesmo após sua saída do serviço público. Até então, ele recebia um benefício mensal de R$ 18 mil. Segundo o Ministério Público, a Midas Empreendimentos, que atuava no mercado imobiliário de Sorocaba (SP), foi usada como fachada para lavagem de dinheiro oriundo das fraudes investigadas.
Os crimes atribuídos a Berni Neto teriam ocorrido durante a gestão do então governador Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República.
As informações são do site Metrópoles.
