Das 20 maiores cidades da Bahia, 11 poderão continuar com os mesmos prefeitos eleitos em 2020. Buscam a reeleição os atuais prefeitos de Salvador, Vitória da Conquista, Juazeiro, Luís Eduardo Magalhães, Itabuna, Jequié, Porto Seguro, Santo Antônio de Jesus, Teixeira de Freitas, Valença e Guanambi. Em pelo menos quatro delas, a chance de reeleição é evidente, conforme mostram as pesquisas. É o caso da capital baiana.
Em Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano, o prefeito Genival Deolino (PSDB) lidera a disputa com 54,2% dos votos, segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado em agosto. Em segundo lugar, aparece Euvaldo Rosa (PSD), com 29,4%.
Doutor em Ciência Política e presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), Antônio Lavareda acredita que a tendência é que os prefeitos de capitais e demais cidades sejam reeleitos. Segundo ele, os gestores são favoritos porque estão bem avaliados e possuem o controle da máquina municipal.
“Talvez, não alcance o montante de 2020, da última eleição, porque aquela eleição teve a particularidade da pandemia (da covid-19). Foi uma eleição monotemática. Discutiu o que os prefeitos tinham feito (durante a crise sanitária) ou deixado de fazer com relação ao combate à covid. Agora não, é uma eleição com uma pauta mais ampla”, disse o cientista político, em entrevista ao CORREIO, em julho deste ano.
Prefeitos que não podem se reeleger e gestores que disputam reeleição Crédito: Arte/CORREIO
De acordo com Umeru Bahia, doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), quem está no exercício do mandato possui mais capitais políticos e sociais, com maiores recursos econômicos e estratégicos à disposição. Além disso, na maioria das vezes, tem um número de votos previstos e estabelecidos localmente.
“O que denominamos de máquina eleitoral, pública ou estatal é um emaranhado de relações, canais de comunicação, recursos financeiros advindos de diferentes fontes (governamentais, doações e do fundo partidário), é saber contar com grupos já organizados e agregados durante mandato”, explicou.