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Preso por estupro em Lauro de Freitas usava crachá falso de emissora de rádio

Foto: Reprodução

Lucas Santos, de 28 anos, preso por acusação de estupro no âmbito da Operação Querubim, deflagrada em Lauro de Freitas na manhã desta quarta-feira (28), se apresentava como locutor com um crachá falso de uma rádio comunitária do bairro de Itinga.

A denúncia foi feita ao Bahia Notícias pelo programador musical da Rádio Panorama, Jailson Pinheiro. “Hoje eu acordei e fui surpreendido com essa notícia. Ele não tem nenhum vínculo com a gente. Já faço parte do quadro da rádio há 10 anos e nunca vi esse rapaz”, afirmou o profissional.

Fotos do crachá de Lucas indicando o vínculo com a rádio viralizaram nas redes sociais após a operação policial. Os registros mostram que ele estava cadastrado como um membro da imprensa, o que permitia que ele tivesse acesso liberado para grandes eventos como o Salvador Fest.

OPERAÇÃO QUERUBIM

A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca) iniciou a apuração contra Lucas há cerca de um ano e meio, com o primeiro registro de ocorrência contra o homem. Posteriormente, houve uma segunda denúncia. Durante o cumprimento da determinação judicial de busca e apreensão contra o suspeito, foi constatado que pode haver outras vítimas.

A titular da Dercca, delegada Simone Moutinho, explica como ele agia. “Ele atraía a confiança das vítimas na internet, às vezes se passando por mulheres ou pessoas da mesma idade. Em seguida, dizia que ia realizar um sorteio de um celular, afirmando em seguida que a menina ganhou o prêmio. Ele, então, pagava o transporte por aplicativo para que ela fosse até o local retirar o celular. Lá, porém, estuprava a vítima, além de fotografar e filmar a violência. Depois, conforme as investigações, o suspeito ainda fazia extorsão, obrigando essas vítimas a retornar ao local, para novamente serem estupradas”, informou.

Além de ter o mandado cumprido contra si por estupro, o falso locutor ainda será autuado em flagrante pelo crime de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente. A Dercca também investiga a possível ocorrência do crime de estupro por meio virtual.   BN