Os cinco homens presos por suspeita de planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganham salários que variam entre R$ 15 mil e R$ 33 mil, conforme informações do Portal de Transperência.
Rodrigo Bezerra de Azevedo, Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima são tenentes-coroneis e membros do grupo de elite do Exército, conhecidos como “kids pretos”. O salário bruto – sem descontos – é de R$ 27,4 mil para cada um.
Já o general da reserva Mário Fernandes já chegou a ganhar R$ 48 mil brutos. Isso porque ele recebia uma aposentadoria do Exército estimada em R$ 33,2 mil, além R$ 15,6 mil no cargo de assessor parlamentar do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ).
O cargo na liderança do PL na Câmara dos Deputados, no entanto, durou apenas até o início de 2024. Fernandes foi desligado da função em 4 de março, após o ministro Alexandre de Moraes determinar seu afastamento das funções públicas.
Quanto ao policial federal baiano, Wladimir Matos Soares, a estimativa salarial é de R$ 15 mil – com base no cargo que ocupava, uma vez que o valor exato não foi encontrado em dados públicos, segundo o portal Metrópoles
Militares cogitaram envenenar Lula, diz PF
O grupo militar que planejava matar o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin também cogitou tirar a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo uma investigação da Polícia Federal (PF), entre as ideias discutidas estava envenenar ou usar artefato explosivo para assassinar as autoridades.
“Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, diz um trecho do documento policial que detalha a investigação do atentado. As informações foram divulgadas pelo g1 nacional.
O atentado contra Moraes seria em um evento público. “Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de ‘captura’ seria alta e que a chance de baixa [termo relacionado a morte no contexto militar] seria alto”, afirma a corporação.
Foram presos na terça-feira (19) um policial e quatro membros do Exército ligados às forças especiais por suposto envolvimento na ação golpista. Eles estariam monitorando as atividades das autoridades públicas desde novembro de 2022 e o objetivo principal era evitar que o presidente Lula tomasse posse. Correio