O cirurgião João Couto Neto, 46 anos, foi preso na quinta-feira, 14, em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo. Ele é suspeito de cometer erros médicos que teriam causado a morte de 42 pacientes, além de lesões em outros 114, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
No ano passado, quando o médico ainda mantinha as suas redes sociais no ar, ele contava com 15 mil seguidores no Instagram e outros 13 mil no Facebook. Em suas redes sociais, ele afirmava já ter realizado 25 mil cirurgias em 19 anos de profissão, segundo o jornal O Globo.
Em nota, o advogado Brunno Pires diz ter recebido com surpresa a notícia da prisão de seu cliente e que protocolou pedido de habeas corpus.
“A decisão não se reveste de qualquer fundamento jurídico e constitui clara antecipação de pena, com a finalidade de coagir e constranger o médico”, disse Pires.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, na tarde desta sexta (15) o suspeito passa por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (15).
As investigações são conduzidas pelo 1° DP de Novo Hamburgo. Quando surgiram os primeiros relatos contra o médico, a Justiça o proibiu de operar por seis meses, e esse prazo expirou em outubro deste ano. O advogado do suspeito afirma, contudo, que ele não realiza cirurgias desde a proibição.
Ao deixar Novo Hamburgo, o suspeito trabalhou em unidades de saúde da cidade de São Paulo, como a AMA (Atendimento Médico Ambulatorial) Sacomã e o Hospital do Mandaqui.