
A equipe do Jornal da Recôncavo, na apresentação de Humberto Carlos, conversou com um grupo de comerciantes da Praça Duque de Caxias sobre as dificuldades enfrentadas devido ao atraso na construção do novo galpão da feira. A obra, que deveria ter sido concluída há mais de um ano, segue paralisada, afetando diretamente o fluxo de clientes e as vendas dos comerciantes locais.
Impacto no comércio local
As barracas dos feirantes foram alocadas provisoriamente em frente aos estabelecimentos comerciais, dificultando o acesso de consumidores e o estacionamento de veículos. Edvaldo do Atacadão, um dos entrevistados, ressaltou que a situação levou vários lojistas a reduzirem seus quadros de funcionários devido à queda no faturamento.
“Eu aumentei a equipe para driblar a dificuldade de transporte de mercadorias para os clientes, mas minhas colegas aqui não tiveram essa mesma possibilidade. Muitas tiveram que demitir colaboradores capacitados, algo que impacta diretamente a qualidade do atendimento”, explicou Edvaldo.
Queda nas vendas e fechamento de lojas
Ana, proprietária da Cajulu Embalagens, relatou uma queda de 60% no faturamento de janeiro de 2024 a março de 2025. “Tínhamos oito funcionários, agora são apenas três. A dificuldade de estacionamento e o temor das multas afastaram nossa clientela. Quem insiste em comprar precisa parar longe, e muitos desistem”, afirmou.
A comerciante também destacou a ausência de apoio dos gestores municipais. “Cobramos respostas do secretário de Trânsito e de vereadores, mas até agora nada foi resolvido. Muitos comércios já fecharam e outros estão próximos disso.”
Promessas não cumpridas
Durante a entrevista, foi relembrado que, durante a campanha eleitoral, o prefeito Genival prometeu entregar a obra em setembro de 2024. “A previsão inicial já foi alterada várias vezes e, agora, sequer temos trabalhadores suficientes na obra. O discurso da gestão não condiz com a realidade”, destacou Edvaldo.
A empresária Leni complementou: “O que queremos é uma solução viável. Se não podem entregar a obra, ao menos recuem as barracas para a rua de trás, como era antes, e liberem o fluxo na principal.”
O pedido de solução
O Jornal da Recôncavo se comprometeu a levar o assunto adiante e buscar um posicionamento do prefeito e dos secretários envolvidos. “Não se trata de política, mas de sobrevivência. O prefeito também é empresário e sabe o impacto de uma obra parada no faturamento de um negócio”, finalizou Humberto Carlos.
A reportagem continuará acompanhando o caso e cobrando soluções para a feira livre de Santo Antônio de Jesus.
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Por: Sandro Almeida
Foto: ©Claudio Ferrary/Jornalismo Rádio Recôncavo