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“Se o Estado não bancasse, seria de R$ 11”, diz Jerônimo Rodrigues com relação à tarifa do metrô

Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

Após cancelar o reajuste da tarifa do metrô de Salvador e Lauro de Freitas, o governador Jerônimo Rodrigues deu mais detalhes sobre os valores do subsídio pago pelo Executivo estadual para a manutenção do sistema. Em entrevista a jornalistas, nesta quinta-feira (20), Jerônimo definiu que a tarifa do metrô para os usuários da região metropolitana estaria fixado em R$ 11, “se o Estado não bancasse”.

O gestor detalhou os dados do relatório apresentado pelo Secretário da Fazenda da Bahia, Manoel Vitório, em uma reunião com vereadores, deputados e integrantes do secretariado nesta quinta-feira (20). “Se [o usuário] utilizar um ônibus em Salvador e depois entrar no metrô, ele pagaria R$ 11,41. E se fosse um ônibus metropolitano e depois usasse o metrô, pagaria R$ 11,01. Uma pessoa. Falando de quem pega duas vezes por dia, nós estamos falando de R$ 22,00. Seria o valor que se o Estado não bancasse esse custo do metrô com o metropolitano, quem é trabalhador que usa um transporte coletivo em Salvador, ficaria pagando isso”, explica.

Ao relatar que isso se deve a uma quebra de acordo da Prefeitura de Salvador envolvendo as linhas de ônibus, Jerônimo Rodrigues afirmou ainda que o Governo do Estado deve atuar mais amplamente no sistema de ônibus da região Metropolitana, com a chegada de novos ônibus elétricos pelo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] nacional. Ele ressalta que pelo Governo do Estado, o acordo está sendo cumprido com o impedimento dos ônibus metropolitanos circularem em Salvador.

“Agora, no PAC, nós conseguimos 100 ônibus para melhorar a frota de ônibus elétricos, com recurso do governo federal do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. E nós vamos garantir isso. Nós suspendemos a entrada dos ônibus metropolitanos para que não concorresse com os ônibus de Salvador. Então, nós arcamos com a responsabilidade. Nós podemos deixar os ônibus que vêm de Camaçari, de Dias Dávila, de Simões Filho, entrar e fazer uma concorrência. Nós não permitimos isso”, diz.

Por fim, Jerônimo ressalta: “Nós queremos que essa articulação entre as forças da Prefeitura Municipal e do Estado possa estar junto em alguns momentos para poder melhorar a condição de vida do solteropolitano”, conclui.