
Seis investigados foram presos e levados à Delegacia de Santo Antônio de Jesus nesta quarta-feira (09), durante o cumprimento de mandados da Operação Falsas Promessas 2, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia nas primeiras horas da manhã. Imagens que circulam nas redes sociais mostram a movimentação de policiais civis na localidade do Jenipapo. Os nomes dos detidos ainda não foram divulgados oficialmente.
A ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (DRACO), com apoio da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin). Foram cumpridos 06 mandados de prisão e 08 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, e apreendidos 08 motocicletas, 06 veículos automotores, 01 pistola calibre 9mm e diversas munições.
A operação tem como alvo uma organização criminosa que atuava em diversas cidades baianas, incluindo Salvador, Região Metropolitana, Vera Cruz, Nazaré, São Felipe, Juazeiro e Santo Antônio de Jesus. Segundo as investigações, o grupo promovia rifas de alto valor com sorteios fraudulentos e usava empresas de fachada e terceiros para lavagem de dinheiro.
Os alvos da operação são influenciadores digitais, cinco policiais militares da ativa e outros integrantes da quadrilha. Entre os nomes já confirmados estão José Roberto Santos (conhecido como Nanan Premiações) e sua esposa, Gabriela Silva, além dos influenciadores Ramon Dias (preso em São Paulo) e Franklin Reis. Outro investigado preso é o policial militar Alexandre Lázaro, conhecido como Tchaca Tchaca.
As investigações apontam que pelo menos quatro lideranças do grupo atuavam diretamente na coordenação das rifas ilegais, com base em municípios como Vera Cruz, Juazeiro e cidades da Região Metropolitana. Segundo a Polícia, agentes públicos colaboravam com o esquema fornecendo informações privilegiadas, garantindo proteção e, em alguns casos, participando ativamente da operação das rifas.
Os sorteios eram divulgados principalmente por redes sociais, com promessas de prêmios como carros de luxo e grandes quantias em dinheiro. A manipulação dos resultados favorecia membros da organização, o que contribuía para dar aparência de legitimidade ao negócio.
Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, relógios, dinheiro em espécie, celulares e notebooks. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 10 milhões por CPF ou CNPJ investigado, totalizando um valor de R$ 680 milhões em bens e ativos sequestrados.
A ação é conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD), com apoio de unidades especializadas da Polícia Civil da Bahia e da Corregedoria da Polícia Militar, que apura a conduta dos agentes envolvidos.
