O suspeito de ter matado a delegada Patrícia Jackes, encontrada no banco do carona do seu veículo, na cidade de São Sebastião do Passé, na manhã deste domingo (11), possui um histórico de diversos crimes, um deles é o exercício ilegal da profissão de médico.
Tancredo Neves se apresentava como médico sem possuir registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). De acordo com as investigações, Tancredo teria estudado medicina em outro país, mas não passou pelo processo de revalidação do diploma, o que o impede de atuar legalmente no Brasil. Os processos contra ele foram registrados nas cidades de Conde e Itamaraju, ambos relacionados à prática ilegal da medicina.
Em Euclides da Cunha, Tancredo foi denunciado por se passar por médico, utilizando o CRM de um idoso para prescrever medicamentos. A pessoa que registrou a queixa relatou que o remédio prescrito não surtiu efeito e, ao investigar o CRM, descobriu que pertencia a um médico idoso, e não a Tancredo.
Além dessas irregularidades, Tancredo enfrenta acusações de não pagamento de pensão alimentícia, mesmo ostentando um estilo de vida luxuoso em suas redes sociais.
Patrícia tomou posse do cargo de delegada em 2016 e foi designada a Delegacia Territorial de Barra. Depois disso trabalhou em Maragogipe e São Felipe. Recentemente a delegava atuava como plantonista em Santo Antônio de Jesus.
Histórico de agressões
Seu histórico de violência contra mulheres é alarmante. Em maio deste ano, ele foi preso após agredir a própria delegada Patrícia Jaques, quebrando um de seus dedos em um incidente que exigiu a intervenção da Polícia Militar.
Esse caso não foi isolado: ex-namoradas e ex-companheiras também o acusam de agressões físicas.
O Blog do Valente também apurou que Tancredo já havia agredido a delegada em outras ocasiões, incluindo um episódio em que amigos precisaram intervir para cessar a agressão. Em uma dessas situações, ele teria quebrado o celular da delegada e a agredido na presença de seu filho.