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Secretário de segurança de capital brasileira elogia Hitler em áudio vazado: “Eu queria ser um terço daquele líder”

Foto: Divulgação

Um áudio divulgado nas redes sociais apresenta, supostamente, o secretário especial de Segurança e Defesa Social de Campo Grande (Mato Grosso), Anderson Gonzaga da Silva Assis, elogiando a liderança do ditador nazista alemão Adolf Hitler, durante reunião com membros da Ronda Ostensiva Municipal (ROMU) da cidade.

 

A gravação teria acontecido no começo do ano, durante uma reunião convocada pelo secretário, que também é membro da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Campo Grande. O período em que o áudio foi gravado estava marcado por protestos da classe por melhorias salariais.

 

Na ocasião, Anderson teria mencionado o ditador alemão para se defender após um vídeo de sátira comparando-o a Hitler circular. “Infelizmente, quando mexe com pessoas, seres humanos, cada um pensa de um jeito. Eu tenho a minha consciência, fizeram até um videozinho meu aí na internet chamando de Hitler. Eu até admiro Hitler, porque foi um cara inteligente”, afirmou o secretário.

 

Em outro momento, o secretário associou o sucesso econômico do país europeu ao ditador, bem como afirmou que gostaria de ser “um terço daquele líder”. “A Alemanha é a potência que é hoje graças ao Hitler. Estrategista, um cara inteligente, foi um ditador sim […] conquistou o que conquistou graças às estratégias e à inteligência dele”, afirmou.

 

IMPLICAÇÕES LEGAIS

Procuradas pelo portal G1, as assessorias de imprensa da prefeitura de Campo Grande e da Guarda Civil Metropolitana não deram retorno, bem como o próprio secretário. Conforme o Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MP-MS), ainda não há investigação policial sobre o ocorrido.

 

Segundo a legislação brasileira, qualquer manifestação ou promoção de ideologias que incentivem o ódio, a violência ou a discriminação, especialmente quando relacionadas ao regime nazista, é crime, com uma pena de reclusão de 1 a 3 anos, além de uma multa; ou reclusão de 2 a 5 anos e multa, se o crime for cometido em publicações ou meios de comunicação social.