Em uma semana, dois homens oriundos de grupos criminosos de Salvador morreram em confronto com a polícia em Feira de Santana. No último dia 22, uma liderança do tráfico de drogas no bairro de Águas Claras, na capital baiana, de 31 anos, morreu em troca de tiros com a Polícia Civil em um condomínio localizado na Avenida Fraga Maia em Feira de Santana.
Na quinta-feira (28), por volta das 13h, na localidade de Renascer, no bairro Papagaio, Moisés Lima Santos, de 19 anos, também trocou tiros com policiais da Cipe Litoral Norte e não resistiu. De acordo com a polícia, ele era de Feira de Santana, mas integrava uma facção criminosa no bairro de Valéria, em Salvador. Com ele, foi apreendida uma pistola 9 mm.
As duas situações acendem o alerta sobre a migração de criminosos de Salvador para Feira de Santana e também sobre o aumento de homicídios registrados. Até esta sexta-feira (29), já são 44 homicídios registrados no mês de setembro.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada Klaudine Passos, delegada adjunta da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coorpin), comentou sobre este cenário da migração e enfatizou que as forças de segurança estão preparadas para combater a criminalidade na cidade, bem como a prática de homicídios. Segundo ela, a atuação tem sido conjunta e com planejamento de ações entre Polícia Civil e Polícia Militar e as demais instituições como a Polícia Federal e Guarda Municipal também somam esforços neste trabalho.
“A gente percebe que ultimamente no curso da operação Fauda em que morreu um PF e feriu gravemente um policial do Core no olho direito, houve uma migração do grupo de facções de Salvador para Feira de Santana e isso também vem impactando no número de homicídios. A localização geográfica de Feira de Santana acaba favorecendo que os meliantes, uma vez encurralados, migrem para outras regiões que se sintam mais confortáveis. A Secretaria de Segurança Pública, dentro do contexto do enfrentamento, promoveu a Operação Paz e a cidade recepcionou mais de 50 policiais”, disse.
A delegada reforçou também que a Polícia Civil tem todo o aparato técnico e operacional para chegar aos criminosos.“No curso das investigações as informações chegam e a gente vai checar e, não raro, logramos êxito com o flagrante”, pontuou.