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Mesmo com reajuste no Bolsa Família, mais de 6 milhões vivem na pobreza

Foto: Felix Lima

Apesar de o governo Lula ter aumentado o valor do benefício, o número de beneficiários do Bolsa Família que vivem abaixo da linha da pobreza fechou 2023 em 6,6 milhões de pessoas, segundo dados do MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).

Entre maio e dezembro de 2023, o total de beneficiários na pobreza caiu 23%. Eles eram aproximadamente 8,6 milhões em maio.

Segundo o UOL, as linhas definidas pelo programa são abaixo de R$ 218 por pessoa, no caso de pobreza, e de R$ 109, no de extrema pobreza. De acordo com o ministério, não havia nenhum beneficiário do Bolsa Família em extrema pobreza no final do ano passado.

O governo Lula retomou Bolsa Família em março de 2023, extinguindo o Auxílio Brasil (que durou entre novembro de 2021 e fevereiro de 2023), criado por Bolsonaro. O Auxílio Brasil, por sua vez, tinha substituído o Bolsa Família.

A principal mudança do novo Bolsa Família foi implementar benefícios mensais extra de acordo com o perfil da família.

Têm direito ao Bolsa Família famílias inscritas no Cadastro Único que tenham renda per capita de até R$ 218. O valor mínimo é de R$ 600 por benefício.

O benefício varia porque é definido de acordo com o número de integrantes e as idades de cada um na família. Assim, dependendo do seu perfil, uma família pode receber menos que a linha da pobreza.

Para que nenhum beneficiário fique abaixo da linha da extrema pobreza (R$ 109 ao mês), o Bolsa Família começou a pagar um complemento, chamado “Renda de Cidadania”. Ele garante que nenhuma família receba menos de R$ 142 por pessoa.

Se uma família tem cinco adultos, por exemplo, ela deveria receber R$ 600, mas o governo paga um complemento de R$ 110.

O Bolsa Família atendia 21,1 milhões de famílias em fevereiro de 2024, pagando R$ 686 para cada uma, em média. A folha do programa somava R$ 14,45 bilhões.

Também havia 319 mil famílias habilitadas na fila de espera para entrar no programa. O governo vem inserindo novas famílias mês a mês, mas em uma patamar abaixo dos pedidos. Em fevereiro, foram 240 mil novas inclusões.