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Polícia apreendeu no Paraguai 1,8 mil armas em megaoperação contra suspeitos de armar facções brasileiras

Diego Dirisio e a mulhe, Julieta Vanessa Nardi Aranda — Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal apreendeu, no Paraguai, 1,8 mil armas, incluindo fuzis, metralhadoras e pistolas, em uma megaoperação contra o grupo comandado por Diego Dirisio, o maior traficante de armas da América do Sul. Ele e a mulher, Julieta Nardi, seguem foragidos.

O inventário desse material, assim como de dinheiro e bens, terminou na manhã desta quarta-feira (6).

Os principais alvos das buscas foram a sede da empresa de Dirisio e a mansão dele no Paraguai. Os alvos incluíram também imóveis residenciais, empresas, pessoas físicas e jurídicas, militares e agentes públicos acusados de envolvimento com o esquema bilionário do tráfico de armas que abastecia facções criminosas aqui no Brasil.

No Paraguai, foram apreendidos:

  • 611 armas de grosso calibre como fuzis, metralhadoras e rifles (valor estimado: R$ 20 milhões)
  • 1.212 pistolas calibre 9 milímetros (R$ 6 milhões)
  • US$ 87,1 mil em espécie e US$ 96 mil em cheques
  • US$ 250 mil dólares em relógios e US$ 50 mil dólares em canetas de luxo

O número de de armas apreendidas deve ser ainda maior porque, segundo os investigadores, existe um outro depósito da empresa de Diego Dirisio, que ainda não teria sido aberto.

A investigação começou em 2020, quando pistolas e munições foram apreendidas em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. As armas estavam com o número de série raspado, mas, por meio de perícia, a PF conseguiu obter as informações e avançar na investigação.

Na terça-feira, a Polícia federal deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de entregar 43 mil armas para os chefes das maiores facções do país — Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho. É nessa operação que Diego Dirisio e a esposa, Julieta Nardi, passaram a ser investigados.

Segundo as investigações, Dirísio comprava armas fabricadas em países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, para revender a criminosos brasileiros.   G1

Diego Hernan Dirísio, principal alvo da operação da Polícia Federal. — Foto: Investigação internacional
Armas apreendidas no Paraguai durante a operação contra quadrilha comandada por Diego Dirísio — Foto: Divulgação